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quinta-feira, 18 de julho de 2019

O que estou fazendo?

Como sempre, muita coisa.

Estou trabalhando como musicoterapeuta na Escola de Música da Ufba, uma honra. Fui convidada para abrir o Núcleo de Musicoterapia lá. #sonho *_*

Sou professora do Canela Fina, uma escola que vi nascer, um projeto lindo de ensinar música de qualidade de um jeito divertido a todas as crianças do mundo e aos adultos que querem deixar viva sua criança interior, revitalizando seus sonhos e sua fé em si. Ai, que amor. Feliz demais de estar lá. #sonho2

Estou de preparadora vocal do Coral Expressons, o coral mais lindo da cidade, sempre falei isso. Um coral de músicas populares, performance corporal, muita alegria, estudo e técnica - coisa pra quem quer mesmo se dedicar. E estão precisando de cantores, aproveitem! #sonho3

Montei a guig dos meus sonhos, com pessoas dos meus sonhos, músicos incríveis, talentosos e dedicados. A D´Harpa, onde canto e toco harpa, com um repertório cheio de forças que acredito, muito feminismo, muito protesto e muito amor, com minhas próprias composições e de outras artistas maravilhosas que admiro. #sonhomaster

E sou orgulhosamente mamãe de dois seres incríveis que me deram a honra de vir seguir caminho comigo. Algo que ocupa muito tempo (bem menos do que eu gostaria), dá muito trabalho (bem mais do que eu poderia), e é tão delicioso e rico e incrível quanto vocês possam imaginar. #sonhoincrivel

Vão me ver!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Padê

Ouço muuuuuuuuuuuita coisa, todos os dias, de muitos lugares do mundo, de muitos gêneros musicais diferentes. Não falo de tudo que ouço - longe disso. Ouço muita coisa boa, muita coisa ruim, muita coisa que não faz a menor diferença em minha vida e muita coisa que muda tudo. Eu falo pra vocês apenas do que é IMPERDÍVEL. Então é bom de vez em quando dar uma passada por aqui. (risos) Falo de artistas, shows, discos...

Hoje é um dia de disco. Também não estou interessada nos últimos lançamentos, nos maiores públicos, nas inúmeras resenhas de críticos...vocês têm muitos sites pra ler tudo isso. Então é coisa nova, é coisa velha...é o que chega, quando faz sentido, no momento que deve ser. Enfim, essa coisa sem muita metodologia (mas absolutamente disciplinada e constante) que sou eu. (gargalhada)

Hoje é esse disco imperdível e delicioso, Padê - de Juçara Marçal e Kiko Dinucci:



Padê (na verdade, Pàdé, do iorubá) pode ser entendido como encontro, encontrar. É mesmo um lindo encontro. É a cerimônia que se faz pra Exú no início de muitos (ou quase todos) os rituais do candomblé. Tanto Juçara quanto Kiko têm muita vivência e encontro com a religião de matriz afro-brasileira. O Padê é uma cerimônia simples, com farinha e água, pro mensageiro dos orixás levar o recado e pedir a licença pra dar início à cerimônia. Uma explicação simples dessa humilde admiradora da religião mas que sabe pouco pouquinho...Quem souber explicar de modo mais completo e profundo, vou amar, por favor use aí nossos comentários.

Pois bem. Nesse "dá licença", nesse encontro belo desses dois músicos incríveis - o primeiro de muitos, pois o disco está fazendo 10 anos de lançado e depois dele eles já tiveram mil parcerias - vocês podem ouvir harmonias interessantes com divisões rítmicas inesperadas, muito batuque de candomblé, muitos instrumentos percussivos que metade de nós nunca nem ouviu falar (tambu, quinjengue, unhas, rufo, carimbó). Uma arte gráfica simples, rústica e linda, feita pelo próprio Kiko: de um lado o rosto dela; do outro, o dele. O verso e o reverso da união desses dois compositores/estudiosos/intérpretes que se misturaram e se reinventaram. Há quem diga que é um disco pré-Metá Metá.



Talvez vocês conheçam Juçara dos vocais dessa banda massa que apareceu no início dos anos 2010. Ouvi uma entrevista em que Juçara disse que o Metá Metá foi a vontade deles de unir o que viviam no mundo musical profissional e as músicas que vivenciavam nas suas práticas religiosas. Achei que fizeram isso de modo muito respeitoso e sem se apropriar de maneira indigna dos ritos (coisa rara). É apenas eles sendo eles, com toda sua bagagem musical, religiosa, social, emocional, etc.

Mas eu já conhecia Juçara de outros carnavais. Ela é uma cantora extremamente eclética e estudiosa - o que me apaixona. Ela se envolveu e continua se envolvendo em diversos projetos vocais, sempre se aprofundando na música brasileira e toda a sua riqueza. (Pelo amor de Deus, olhem essa agenda!) É incrível como ela consegue ser delicada e tão forte ao mesmo tempo, vocalmente falando. Não acho a performance dela algo espetacular, mas muito firme, verdadeira e precisa, o que já me faz admirar e querer ver sempre que posso. A voz dela é uma delícia a parte nesse disco, onde acho que ela consegue mostrar toda sua capacidade vocal (até aquele momento, claro).

Kiko é outra figura eclética, profícua, criativa e - nas palavras da própria Juçara - vigorosa! Ele lançou seu primeiro disco (depois de tanta produção!) em 2017, Cortes Curtos, que simplesmente é um disco...de punk! (risos) É muita criatividade pra um artista só, gente. E ele faz tanto esse disco de candomblé (?), quanto aquele disco de punk, quanto a produção gráfica dessa capa, de maneira ímpar, própria, pessoal, presente, inteira. Realmente um artista admirável.

No Padê vocês podem ouvir arranjos de muita delicadeza em pianos e violões e muito vigor nas percussões e nas claves utilizadas. Muita delícia nas letras, muita desenvoltura no instrumental.

Enfim, um disco que vale muito a pena, que não tiro do som e ando ouvindo muito e muito. Só não furou porque não é físico, haiahiah.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Guitalele

Conversando com meus irmãos, com quem passei muitas férias, percebi que quase todas as minhas composições foram feitas nesses períodos. Não sei, talvez o relaxamento da rotina, mais tempo comigo mesma e meus sentimentos ou o simples contato maior com a natureza. Fato é que lembro de algumas vezes ter ideias musicais e não estar com nenhum instrumento à mão, simplesmente porque resolvi só tocar trambolho nessa vida (piano e agora harpa). Argh!

Então resolvi me dar de Natal o guitalele. Ele é pequeno, prático e relativamente fácil de tocar. Não se preocupando muito com teoria e apenas com o som, é fácil mesmo. O bicho pega se você quiser saber mesmo o que está tocando. Aí precisa de um bocadinho de conhecimento teórico. Depois explico porquê.



O caso é que comprei-o-o e todo mundo acha que é um cavaquinho e que já já vou soltar um samba. Huhahiha! Só sei tocar samba de gringo! (Toda dura.)

Só tive tempo de procurar um case pra ele aqui em Maceió (#ferias) e achei essa coisa linda e super bem costurada da Solid Sound. Caramba, nunca tive um case tão bom! Recomendo.



Achei a loja de instrumentos musicais apenas pesquisando na internet. Fui na primeira que achei e gostei do atendimento ao telefone. Chegando lá, o assombro! A loja era enorme, linda e tinha simplesmente tudo de cordas! Dei uma chorada, claro, "tá faltando harpa". Huhahiha! #osvendedorpira Wood Music. Maridão se empolgou de ver tanto instrumento lindo junto e acabou comprando esse cajón de colo, que eu nunca tinha visto, pra me acompanhar. @nayanne vai ficar louca!



Então estamos aqui prontos pra rolar o som. Iuhuuiiu, bora Maceió! :)

Papo de músico: gente...foi muuiito difícil afinar esse troço. Como assim? Argh. Ele tem afinação em A, semelhante ao capotraste na 5a casa do violão. Dois tons e meio acima em cada corda. Eu usava o aplicativo de afinador da DaTurner, que sempre gostei, mas ele passou a me pedir para pagar, então fui procurar outro gratuito. Gente, que trabalho pra achar um que prestasse!

Testei o do Cifra Club e o da Boss. Nossa, achei terríveis, imprecisos, com péssima sensibilidade de captação. Cruzes. O guitalele ficou foi diminuto! Huhahiha! Por fim, baixei o Pano Turner. Puxa, adorei! Ele é bom e muito simples, além de preciso.



Mas tive ainda outras duas dificuldades. A primeira foi entender qual era a afinação. Todos diziam que era A/E/C/G/D/A, mas estavam faltando de cima pra baixo, da 6a pra 1a corda, onde já se viu contar de 6 até 1? Você conta de 1 até 6, ora. Ainda o instrumento de baixo pra cima; do agudo para o grave, não é não? Bom, aprendi assim e me bati muito até achar um vídeo que explicasse direito, não só a afinação como o raciocínio pra tocar.



O guitalele e um instrumento transpositor, você tem que pensar na quinta abaixo (ou quarta acima) do que você quer realmente. Então se você quer tocar um C, você coloca a posição de F. Me facilita pensar em transposição, mas será que posso dizer que ele é um instrumento transpositor? Digam o que acham, contem suas experiências com afinadores para celular e seus diversos instrumentos, aqui ou no insta. Espero as dicas! ;)

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Alimentos processados


Baixei um aplicativo que estou gostando muito - Tecnonutri - para me auxiliar na reeducação alimentar, manutenção de uma dieta bacana, etc. Estou na versão paga, onde posso optar pela dieta que quero e escolhi a low carb. É uma dieta em que você tenta ao máximo evitar alimentos processados e insdustrializados, apostando nas coisas da natureza. Exatamente isso que tento fazer no dia a dia, não só com a comida, mas com toda a minha vida. Tentando viver mais lentamente, curtir meu filho, ler livros que realmente me interessam e me expor ao sol. Não sei se vou ter paciência de ficar postando foto de comida (odeio isso) e escrevendo tudo que como por muito tempo mas...sou a favor de usar as tecnologias ao nosso favor. :P

Está sendo legal, observo melhor o que como e, consequentemente, toda a minha família. Estou gostando. Já emagreci um quilo. Mas estou nessa: preciso emagrecer, pela minha saúde, mas...se emagrecer é bom, se não, tudo bem. Hiahiahia, não ligo muito.

E aí tomo esse susto, de que o Polenguinho e as barrinhas de cereais que estavam ambos presentes em todas as dietas que fiz até hoje (todas orientadas por nutricionistas, tá, não sou de dietas de revista, socorro), simplesmente é um dos queijos mais processados que existem! Uau. Morria e não sabia. Parece que só eu não sabia mas tomei um choque, fato. Então, crianças, evitem. Vou estar aqui dando algumas diquinhas do que eu mesma aprender de novidade interessante. Coisa pouca,  que não sou muito de postar sobre comida, mas para a saúde e bem estar da população em geral...digam ao povo que eu posto.

Beijo grande,

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Coletivo Afrobeat Kokoroko


Aí eu me bato com essa banda em que os instrumentos principais são 3 sopros. E quem toca esse naipe são 3 mulheres. E elas são negras. Caralho! Só por tudo isso, já pararia pra ouvir. Mas aí...a galera tinha o flow. Pomba...aí me pegou. Me sequestrou e eu não paro de ouvir o Coletivo Afrobeat Kokoroko (Koroko Afrobeat Collective, na língua deles). Um grupo de 7 ou 8 ou mais ("mais amigos sérios", como elas dizem) jovens musicistas e músicos negros da cena jazzista londrina, entre descendentes nigerianos e "puros ingleses", como sinalizou o percussionista. HIhaihaiha, o que importa? Todos de descendência africana de um jeito ou de outro e "muito reverentes aos seus mestres", entre os quais destacam, indubitavelmente, Fela Kuti, "além de todos os sons que vem da África Ocidental". Ainda tem isso: a band leader é a trompetista Sheila Maurice-Grey. E pronto. Estou apaixonada! <3

Fundado em 2016, o coletivo prima por música feita ao vivo. Por ora, eles só tem uma única faixa gravada num disco coletivo, Abusey JunctionOuvindo a faixa você pode entender o que é o som da galera. Mas também tem som ao vivo disponível no youtube, uma sessão linda gravada pelo projeto Sofar London e algumas entrevistas legais

Solta o som!






terça-feira, 10 de abril de 2018

Reggae na harpa

Estou feliz, retomando os trabalhos depois da licença maternidade.


Recomeço as aulas de harpa essa semana. Lentamente estou voltando aos estudos de técnica, repertório e performance.

Comecei a construir um repertório popular de harpa para um show. Até então só tenho tocado em casamentos, mas estou com esse desejo, de fazer um show tocando e cantando.

A primeira música que decidi colocar foi um reggae.

Mas como é que se toca reggae na harpa?

Bem...precisamos criar isso. Não tem fórmula pronta.

Então perguntei a um amigo super especialista em reggae. Ele me mandou alguns links nos quais ele se baseia pra estudar e gostei desse aqui por achar simples e interessante.

Baseado nele, criei um swing do baixo com um "mute" nos acordes, na mão direita. Também alguns momentos de explosão de notas chaves da tonalidade e voilá! Está um reggae ainda meio duro, mas estou conseguindo ter um gingado.

O que eu fiz também, por se tratar de uma harpa celta, foi omitir a terça do acorde da dominante. Pressupõe-se que ela seja maior, pois logo depois vem a tônica. No seu cérebro, ouvinte, você escuta o acorde maior mesmo que eu não toque a terça, então achei que seria uma omissão sem tanto prejuízo. Se eu não fizesse isso, seria um tal de sobe e desce de alavanca no meio da música...ia ficar chato em termos de performance.

Sempre me lembro de uma dançarina que me deu essa grande dica: quando for preparar uma performance, pense de fora, do lugar do público, como você deseja que ela seja vista, assistida. E pensei e estudei isso também. Não dá pra tocar reggae como se fosse a Ave Maria de Gounod. Precisa de embalo, alegria, flow, pegada. Estudei como seria isso sentada e vou tentar fazer também em pé. Ainda tentando conseguir as cordas certas pra isso. Depois tiro foto das que derem certo.

Fiquem aí com o clip do reggae que estou tentando tocar. ;)

Beijo nas meninas!